História da Polícia Militar do Pará

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Governo do Pará aprova Carteira de Identidade Social

O Governo do Estado do Pará, na última quinta-feira, 02mai2013, aprovou a Carteira de Identidade Social, que vai permitir aos travestis e transexuais utilizarem dos nomes sociais pelos quais já eram conhecidos (as).

Fotografia: Wagner Almeida/ Ascom Sejudh
É uma nova realidade para as forças de Segurança Pública e, principalmente, para os policiais militares que terão um detalhes a mais a observar quando das abordagens nas operações ou nas revistas (buscas pessoais) no quotidiano do policiamento ostensivo.

Há pelo menos um ano o movimento de transexuais e travestis do Pará vinha lutando para o reconhecimento desse direito, contando com apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Consep, Comitê Gestor do Plano Estadual de Combate à Homofobia / SEGUP, e da SEJUDH até a assinatura do Decreto foram muitas etapas, reuniões e discussões para o convencimento das autoridades, como explicou Bruna Lorrane (fotografia acima).

Desde o início do ano a Polícia Militar do Pará vem participando de palestras sobre a questão da homofobia e formas de combatê-la, ações formativas que acontecem às quartas-feiras, no Auditório da Delegacia Geral da Polícia Civil, com a participação de integrantes do movimento LGBT, SEJUDH, DIPREV com público médio de 80 (oitenta) policiais militares. 

A próxima palestra ocorrerá em 08/05/2013, às 08h00, no Auditório da Delegacia Geral e, com certeza, contará com grande participação dos policiais militares, principalmente a partir dessa questão.
 

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Formação de policiais militares

Lemos nos últimos meses artigos tratando da escassez de engenheiros, da qualificação de médicos e advogados, também sobre a regulamentação de algumas carreiras.

Contudo, precisamos debater sobre a formação policial de maneira geral (polícia civil, militar, técnico-científica, federal e as guardas-municipais). De tempos em tempos a polícia está em foco, no limite, se olharmos as ações e intervenções policiais, por sua natureza, essência e razão de ser, a polícia nunca sai do palco.

Preparar adequadamente homens e mulheres para a atividade-policial requer profissionalismo, experiência e muita leitura.

Participarei da formação de 120 novos policiais militares, 1% por cento, dos quase 11 mil inscritos para o certame do concorridíssimo curso superior de “Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública”, realizado agora em 3 anos na centenária Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Para sonharem com o posto de coronel os cadetes passaram também por teste físico, psicológico, médico e detalhada investigação social de sua vida pregressa.

Caberá aos instrutores (especialistas, mestres e doutores) apontar aos novos policiais as agruras da carreira; o olhar que nos espreita, filma e grava por 24 horas; os riscos; as virtudes da mulher de Nero e o mais difícil de tudo - o exímio cumprimento do dever dentro da lei, buscando um profissional plural, multicapacitado e operador de Direitos Humanos.

É extensa a relação de destacados quadros profissionais de outros órgãos, empresas públicas e privadas que outrora passaram pelos arcos do “portão das armas” e perfilaram-se com irmãos de outras capitais, cujos Governadores confiam a primorosa “formação de comandantes” a São Paulo.

Aos que seguem participando de congressos, seminários, fóruns, bancas de mestrado e doutorado, com foco na formação policial, sabemos que junto com a área da saúde e educação somos o tripé das demandas públicas. Aos mais de 10 mil candidatos reprovados no último concurso – não desistam.

Autor:
Ronilson de Souza Luiz
Capitão da PM e doutor em educação
Contato: profronilson@gmail.com