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PM fazendo o cerco |
Os jornais da Capital paraense no dia de ontem noticiaram amplamente a atuação de Policiais Militares do RPMont, da Rotam e da 5ª Zpol na tentativa de captura de um acusado de estupro em situação de flagrância.
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PM fazendo o cerco |
O acusado, conhecido apenas por Pedro, fora encontrado por populares praticando o delito contra uma criança de 11 anos, no bairro da Cabanagem (subúrbio de Belém) e ao ser perseguido se jogou debaixo do assoalho de uma casa, numa área de "baixada" (palafitas), sendo cercado por homens das tropas de intervenção do Comando de Missões Especiais (RPMont e Rotam), além da tropa da 5ª Zpol, esta comandada pelo Aspirante PM Mangas.
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Acusado desmaiado após prisão |
Após infrutífera tentativa de rendição do acusado, já sob voz de prisão o aspirante e outros policiais militares entraram por debaixo do assoalho e fizeram a captura do meliante, tendo este desmaiado no momento da prisão.
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Um dos PM que adentrou a área alagada |
Além de parabenizarmos a atuação dos Policiais Militares que atenderam a ocorrência, com relevância ao Aspirante PM Mangas, ressaltamos o despreendimento dos Policiais Militares como um todo que, diuturnamente, realizam tais atos em prol da Segurança Pública e, muitas das vezes, passam anônimos seus atos de coragem e abnegação. Felizmente, nesse caso, contou-se com a cobertura do repórter policial Amaury Silveira, o qual acompanha muitas das atuações PM.
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Acesso ao local de homizio do acusado |
São atuações como essas que alimentam nosso orgulho de pertencermos à corporação de Fontoura e nos motivam a continuar na luta por melhorias nas condições de trabalho, na formação policial e por melhores salários à tropa. Esperamos que o Governo Estadual e o Comando da corporação construam estratégias de atendimento das demandas sociais dos policiais militares para, com mais dignidade, poder atender mais e melhor a sociedade paraense.
Ações como essa demonstram, inclusive, a vocação da Cavalaria da PM para atuar em áreas periféricas e de difícil acesso, além de áreas residenciais. Infelizmente, alguns pensadores da Segurança Pública cobram que a tropa equestre atue em praças e no centro da cidade, o que acaba por colocar em risco os policiais militares e os cavalos, além de impor uma concorrência do conjunto hipo com automóveis, motocicletas, bicicletas e pedestres. A esse respeito vem a memória de atuações importantes realizadas pela Cavalaria quando servi naquela unidade, tais como a organização de filas nas paradas de ônibus da ilha do Outeiro (julho de 2005), baixando consideravelmente as desordens no local, entre outras áreas como o Icuí Guajará e Castanheira, além de patrulhões que cobriam das áreas da Pedreirinha até o Pato-Macho (em Marituba).
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Cavalaria: ainda o cerco do perímetro |
Ao que parece as ações isoladas de anos atrás vão se consolidando como doutrina de policiamento ostensivo montado, parabéns ao Tenente Coronel PM Campos, Comandante da Cavalaria, pela ousadia, coragem e administração voltada à operacionalidade.
Outra dimensão importante para se destacar nessa atuação diz respeito ao caráter militar da PM que, para certos analistas, é incompatível com a atividade policial. Ora, pois, se fossem funcionários civis não poderiam e nem deveriam por a vida e a saúde em risco para tal ação e, ainda, é somente no militarismo que a liderança é pautada pelo exemplo do líder. Desta forma, o líder da operação policial, o Aspirante PM Mangas, uma vez investigo pelo Estado na chefia de tropa, saiu da zona de conforto, deixou de lado apenas a ordem estrita dada aos subordinados para, ele próprio, à frente dos mesmos, mostrar como deveria ser feito.
Como instrutor de Chefia e Liderança Policial Militar encontro nesse exemplo uma oportuna demonstração do quanto a liderança militar pode e deve ser exercida pelo exemplo, como também, o quanto a abnegação profissional se impõe aos riscos à saúde e à vida policial.
São os pilares da hierarquia e da disciplina, aliados à liderança militar, à coragem, à honestidade e à honra que sustentam as corporações policiais militares e, nesse amalgama, se tornam elementos de consolidação institucional nos moldes do militarismo.
* Todas as imagens são do Diário do Pará on Line, Reportagem de Amaury Silveira.
Acesse a reportagem do DOL, clicando
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