História da Polícia Militar do Pará

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MORRE ALMIR GABRIEL

Almir morreu aos 80 anos, em um hospital particular de Belém, onde estava internado desde o início de fevereiro.  Simão Jatene decretou ainda luto oficial de sete dias e ponto facultativo nesta quarta-feira (20), pelo falecimento do ex-governador do Estado. O velório ocorre, neste momento, no Palácio Lauro Sodré, em Belém.
Eliseu Dias/Ag. Pará
Após ministrar a aula magna na Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Belém, Jatene disse que as lembranças que guarda de Almir Gabriel são positivas. “Em certos momentos, o Gabriel adotou posturas diversas da minha, mas nem isso diminui meu sentimento de carinho por ele. Ao final de tudo, esse sentimento foi reencontrado, de uma forma muito fraterna e muito bonita”, disse o governador, recordando o dia em que foi recebido, no início deste ano, pelo político, em casa. Dias antes, Almir havia recebido o atual prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.
Simão Jatene também destacou as contribuições que Almir Gabriel deixou para o Estado. “Sobretudo a sua importância para reeditar algumas coisas na política. A questão da autoestima da população, por exemplo, é uma obra que é fantástica, que não tem placa, mas é fundamental para tudo”, destacou.
Projetos importantes, tocados durante seus dois mandatos como governador, estão presentes de forma direta no dia a dia da população, como o Tramoeste, o Luz no Campo, o novo Aeroporto Internacional de Belém, a Macrodrenagem da Bacia do Una, o Estádio Olímpico do Pará e a Alça Viária.
“Não conheço nenhuma experiência de sociedade em que a autoestima não seja fundamental, e o Gabriel era um lutador permanente desse resgate”, acrescentou Simão Jatene, frisando que, ao assumir o primeiro mandato, em 2003, o equilíbrio nas contas, deixado pela gestão anterior, de Almir, contribuiu para que outras obras importantes fossem executadas. “Ele foi sem dúvida um paraense na expressão mais bonita e forte que essa palavra tem”, concluiu Jatene. O enterro será nesta quarta-feira, em Castanhal, nordeste do Pará. O cortejo sai de Belém às 9 horas.

Fonte:
Agência Pará de Notícias - Amanda Engelke

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Curso de Operações Fluviais - PMPA

Imagem 01

A atuação da Cia P. Flu (Companhia de Policiamento Fluvial da PM do Pará) é marcada pelo risco e pelo enfrentamento de adversidades naturais, além - é claro - do enfrentamento aos crimes ambientais, tráfico de drogas, roubos ("pirataria") perpetrados nos rios, furos e ilhas da imensa bacia que banha o Estado do Pará.
Com a intenção de melhorar o desempenho técnico-profissional vem sendo gestado desde o ano passado o "I Curso de Operações Fluviais" que será o primeiro do Brasil para tal atividade de policiamento e, segundo o Comandante da CIPFLU, Capitão PM Kleverton Firmino, tende a se tornar uma referência para as outras polícias militares estaduais, principalmente àquelas da região Amazônica, pela própria identidade regional que as corporações assumem. O projeto pedagógico está em análise na Diretoria de Ensino e Instrução, em fase final de ajuste. Ressalta ainda o Cmt da CIPFLU o interesse governamental pelo aprimoramento dessa tropa, marcados pelo incentivo do Secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha e toda sua equipe, assim como pelo Comando da PMPA, na pessoa do Comandante Geral, Cel PM Daniel Borges Mendes.
Imagem 02
Os interessados deverão ficar atentos às publicações em Boletim Geral e aos avisos no Portal da PMPA para não perderem as inscrições, assim como não descuidarem do preparo físico, uma vez que o curso exigirá do discente a execução de atividades iminentemente práticas ligadas às atividades de policiamento fluvial.

(a) Ronaldo Braga Charlet - Cap PM
M.Sc. em Planejamento do Desenvolvimento NAEA-UFPA

Referências:
Imagem 01: Cadetes da PMPA em instrução de policiamento fluvial. Disponível em: http://abordagempolicial.com/2012/09/uma-policia-21/, acessado em 14fev2013.
Imagem 02: Cadetes participam de treinamento fluvial em Belém. Disponível em: http://www.segup.pa.gov.br/?q=node/1085, acessado em 14fev2013.

Mais História nos Boletins Gerais... 1964

O Boletim Geral nº 26 de 14 de fevereiro de 1964, por sinal há 49 anos atrás nos apresenta algumas informações preciosas sobre o cotidiano da corporação militar estadual. 
Àquela época foram designados 10 instrutores para o Curso de Formação de Graduados (CFG), entre os quais estavam os 2º Ten PM Antônio Carlos, Machado e Rocha. Estes dois últimos alcançaram o cargo de Comandante Geral da corporação no início dos anos 80. O primeiro, foi Secretário de Estado de Segurança Pública no Governo de Hélio Gueiros (1986-1990).
As disciplinas de então eram: Higiene e Primeiros Socorros; Educação Moral e Cívica e Organização do Terreno; Armamento e Tiro; Educação Física; Equitação; Ordem Unida e Maneabilidade; Instrução Geral e Combate e Serviço em Campanha; Topografia e Métodos e Processos de Instrução; Administração e Escrituração Militar; e Técnica Policial. Esta última era ministrada pelo Inspetor Sizenando Pereira da Costa.
Ver Referência
Além disso, temos a nomeação por Decreto governamental do SD PM José Xavier Meméde para o cargo de Comissário de Polícia de Tauarizinho, município de Peixe-Boi e, no final, na "famosa" 4ª Parte, estão dois Soldados cumprindo seus castigos - nome dado às punições disciplinares. Um por ter deixado de pagar um credor e o outro por se envolver em discussão, quando em serviço, com funcionário da Fábrica Perseverança, localizada no quarteirão entre as ruas Quintino Bocaiúva, Gaspar Viana, Rui Barbosa e Municipalidade (imagem ao lado).

(a) Ronaldo Braga Charlet - Capitão PM

Referência:
Imagem da Fábrica Perseverança, contida no Jornal Beira do Rio, Ano XXVII, nº 110, Jan. e Fev. de 2013, publicação da Universidade Federal do Pará, disponível em http://www.ufpa.br/beiradorio/novo/index.php?option=com_content&view=article&id=973:de-vila-operaria-a-bairro-nobre-&catid=106:edicao-78--dezembro&Itemid=18, acessado em 14fev2013.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A História através dos Boletins Gerais da PMPA

De vez em quando alguns colegas de farda me pedem informações acerca da História da PM do Pará, geralmente, querendo um produto "pronto e acabado" e, por vezes, sei que ficam desapontados com as respostas obtidas, quase sempre insignificantes.
Seria a História da PMPA insignificante também? 
Claro que não, muito pelo contrário! Contudo, vale ressaltar que nada, ou quase nada se tem feito para preservá-la ou recontá-la, ficando-se com os bordões que cercam a imagem marmorizada do "herói de Canudos", o patrono da PM - Cel Fontoura.
Interessante notar que entre Fontoura a a dita "polícia cidadã" hodierna, nada ou quase nada se escreveu. Obviamente que a História não está numa prateleira, esperando que os historiadores venham a "encontrá-la" e, simplesmente, levá-la à luz.
Quem dera pudéssemos encontrá-la dessa forma! Há, contudo, todo um trabalho de pesquisa do Historiador que fica encoberto e que, na maioria das vezes, parece "embromação", principalmente se formos, também, militares. Mais ainda se formos policiais militares que, via de regra, devem fazer algo mais nobre do que revirar papéis velhos e, sim, "fazer polícia nas ruas". Infelizmente, esta é a ideia hegemônica e não parece que mudará tão cedo.
Felizmente, alguns antepassados nossos, talvez alguns "desocupados" de décadas remotas tiveram a feliz ideia de guardar "papéis velhos" e, assim, iniciaram a coleção de Boletins Gerais existentes na corporação que inicia no ano de 1964 e segue até os dias atuais.
É bem verdade que muitos daqueles que não enxergam algum valor na história e na memória já devem ter tido a ideia "brilhante" de por fim aquele monte de papel velho, cheirando a mofo. Mas, enquanto isso não acontece e espero que nunca aconteça, podemos nos deliciar com as histórias narradas naqueles documentos.
Exemplo disso é o Boletim Geral nº 25, datado de 13fev1964, que apresenta na 4ª parte seis prisões disciplinares aplicadas pelo Comandante Geral, Coronel PM Iran de Jesus Loureiro, das quais quatro se referem aos integrantes da PM que envolveram-se numa desordem na Clube 5 de Outubro, havendo inclusive disparos de arma de fogo e, outras duas referentes a uma agressão física sofrida por um Soldado do Exército tendo como autor um Soldado PM que encontrava-se, de folga, participando de um jogo de futebol em via pública e não gostou de ter sido admoestado pelo militar federal, quando este reclamara de ter sido atingido pela bola. E, finalmente, um caso de embriaguês alcoólica de um Soldado PM que perambulava mal fardado pelo bairro da Marambaia.
Talvez estejamos no momento de revisitarmos os nossos antepassados esquecidos entre as folhas amareladas dos Boletins Gerais e compreendermos melhor como se deu o "fazer-se" da Polícia Militar do Pará, para além do "heroísmo" de Fontoura, no longínquo sertão bahiano.
Para ler o BG Nº 25 de 13fev1964, clique AQUI.

(a) Ronaldo Braga Charlet - Capitão PM
Bach/Lic em História * Especialista em Patrim. Histórico * M.Sc. em Planejamento do Desenvolvimento

História da PMPA no Portal da corporação

Nos anos de 2009 e 2010 tivemos a honra de publicar dois artigos sobre a História da Polícia Militar do Pará, com as parcerias de Ildean Lopes e Carlos Eduardo B. da Silva. Estavam hospedados na página da corporação no Menu História da PM.
No ano de 2011, com as modificações feitas no Portal da Corporação os Artigos foram para outra área, mas podem ser acessados no link abaixo:
http://www.pm.pa.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=133:medalhas-da-policia-militar-do-para&Itemid=73
Boa leitura a todos e todas.