O professor Adler Homero, em palestra no Fórum Landi, na tarde de hoje, na UFPA, apresentou um quadro rico da composição, distribuição e sentido das fortificações na Amazônia, destacando o Pará e o Amapá pelo conjunto arquitetônico.
Longe de somente lançar luzes sobre a arquitetura e as estratégias de defesa da região amazônia, as fortificações apresentam uma riqueza de indícios quem ajudam a remontar a história regional. Peças de artilharia, artefatos de guerra, vestígios de garrafas, moedas, peças de fardamentos entre outros utensílios de uso militares apresentam uma variada possibilidade de interpretação do cotidiano dos quartéis.
Alicerçado na documentação acerca das experiências e discursos militares é possível, segundo o palestrante, entender inclusive a lógica dos empreendimentos militares que eram as fortificações. Tais locais poderiam ser construídos e mantidos por particulares, o que aconteceu com boa parte na Amazônia e tal empreendimento gerava lucro tanto à coroa quanto ao empreendedor.
A malha de defesa também poderia estar ligada a uma malha de corrupção e desmandos, onde os soldos dos militares poderiam constar num mapa de efetivo, mas na realidade tais militares nunca terem existido e, assim, os comandantes militares poderia se regalar em soldos dos subordinados "virtuais".
Outra observação interessante de se destacar na fala do Prof. Adler Homero diz respeito ao grande efetivo de militares na população, em termos proporcionais, o que veio a ser reduzido ao longo do período monárquico e do período republicano.
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