História da Polícia Militar do Pará

quarta-feira, 1 de junho de 2011

VALE ALIMENTAÇÃO DE R$ 325,00 E O FIM DO RANCHO

Rancho do QCG em 31/05/2011 - último almoço
A Polícia Militar do Pará, "biosa de Fontoura", entra numa nova fase: a época do rancho no bolso do policial. Estranho e inusitado, pois a grande maioria dos policiais militares ainda não compreendeu como os quartéis vão funcionar sem o "rancho".
Parece complicado, mas para algumas polícias militares brasileiras essa questão já está resolvida. Exemplo disso é a Polícia Militar da Bahia que já há algum tempo paga a etapa de alimentação no contra-cheque, como pude observar quando estive lá em 2008 frequentando o Curso de Tropa Montada. Os cavalarianos do EPMont bahiano possuíam três opções de almoço: na EBDA (Empresa Bahiana de Desenvolvimento Agrário, similar à EMATER/PA), sob a forma de self service para pagamento no final do mês; numa churrascaria ("fumacinha") na Av. Dorival Caymmi, ao preço de R$ 7,00; e a terceira opção era a entrega de marmitas no quartel, feita por diversos fornecedores. Uma alternativa interessante adotada pela PMBA foi passar o expediente para a tarde, o que possibilitou a melhoria da qualidade de vida, pois assim, os policiais militares poderiam deixar os filhos na escola, fazer uma corridinha na orla e até almoçar com a família antes de ir para o quartel.
Quanto aos Policiais Militares paraenses, o momento ainda é de ajuste e de verificação do impacto dessa medida, pois ainda não foi mensurado, evidentemente, a economia que vai trazer esse procedimento administrativo que além de simples é inteligente, deixará de imobilizar efetivos para cuidar dos ranchos nos quartéis: somente esse ponto já indica um reflexo positivo na operacionalidade, pois muitos desses policiais poderão atuar na atividade fim da corporação (policiamento ostensivo).
Outro aspecto importante diz respeito à economia administrativa somente pelo fato de se deixar de fazer as licitações para gêneros alimentícios, botijões de gás, entre outros insumos empregados na produção da "ração" diária deverá proporcionar mais economia e melhoria do fluxo burocrático destinado para outros fins.
O que não está esclarecido, ainda, é a duração do expediente interno das unidades, pois com o valor que ficou estabelecido (R$ 325, 00) não dá pra custear dois expedientes o mês inteiro, pois envolveria café e almoço e, em alguns casos, inclusive o jantar.
Outro ponto alvo de críticas é o valor pago, de apenas R$ 325,00, o que, para o senso comum e os oposicionistas de plantão é insuficiente para o custeio da alimentação policial militar, mas ao se verificar os dados do DIEESE verifica-se que a cesta básica para o mês de abril apresentou queda em relação aos demais meses e o valor para a capital paraense é de R$ 231,40, conforme a tabela abaixo:

Observa-se, neste sentido, que o valor pago pelo Governo aos policiais e bombeiros militares está bem acima dos parâmetros do DIEESE em pelo menos R$ 93,60 a mais e, assim está adequado à aquisição de 01 (uma) cesta básica nacional.
Para maiores informações, acesse diretamente o site do DIEESE, clicando AQUI.
Entenda como se calcula o custo da cesta básica nacional, clicando AQUI


Um comentário:

  1. alimentação dos policiais dessa forma chega ao seu objetivo.e cada um alimenta-se da forma que pretender.
    senhor capitão gostaria que o senhor acompanhasse uma manteria que postei no Blog com o tema crack tire essa pedra do seu caminho e desse sua opinião com educador.
    www.discipulosamado.blogspot.com

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