Laudos concluem que casal de extrativistas teve morte instantânea
08/06/2011 18:37
Da Redação
Agência Pará de Notícias
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Rilmar Firmino (c) e os delegados José Humberto (d) e Silvio Maués (e) anunciaram o resultado da necropsia no casal de extrativistas
A polícia civil do Pará recebeu na tarde desta quarta-feira (8), no município de Marabá, os laudos relativos à necropsia e ao local das mortes do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santos da Silva, ocorridas no último dia 24 de maio, em Nova Ipixuna, município do sudeste do Estado. Com a conclusão dos laudos, a polícia dá um passo importante para a elucidação dos crimes, informou o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Rilmar Firmino de Sousa, que há 16 dias acompanha as investigações da sede da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca), em Marabá.
De acordo com o laudo, o casal foi atingido por arma de fogo, uma espingarda, em disparos feitos da esquerda para a direita. O chumbo ou “balim” perfurou órgãos vitais, causando morte imediata. Os laudos integram outras três peças importantes para o esclarecimento das mortes, como o georreferenciamento da área do crime, a perícia técnica no aparelho celular de uma das vítimas e o exame de balística. Estes três últimos ainda não têm prazos para a entrega.
No entanto, a Polícia considera as investigações bem avançadas. O trabalho policial prosseguirá a partir das denúncias feitas à Deca, sobre o paradeiro dos possíveis acusados, que tiverem seus retratos falados divulgados pela Polícia Civil na última terça-feira (7).
Os retratos têm 90% de semelhança com os suspeitos e foram elaborados a partir do relato de uma das 32 pessoas ouvidas no inquérito. Esta pessoa, segundo o delegado, teria visto e conversado com os pistoleiros dois dias antes do crime. “Em depoimento à polícia, esta pessoa falou sobre o contato feito com os dois homens, possivelmente os mesmos que mataram o casal de extrativistas”, informou o delegado.
Os trabalhos em Marabá estão sendo desenvolvidos pelos delegados Rilmar Firmino, Silvio Maués, diretor de Polícia do Interior, e José Humberto Melo, titular da Delegacia de Conflitos Agrários.
Tranquilidade – Enquanto a investigação prossegue, a cidade de Nova Ipixuna vai recuperando o clima de tranquilidade, um cenário bem diferente do que foi veiculado pela mídia nacional, que caracterizou a área como “um barril de pólvora”. “Isso é uma irresponsabilidade. Sabemos que aqui não existe esse clima hostil. É claro que houve comoção logo após os crimes, mas agora a situação está sob controle”, garantiu o delegado Rilmar Firmino.
Na Delegacia de Nova Ipixuna não há presos. Comércio, lojas e bancos funcionam normalmente. Os nove homens do 4º Batalhão de Polícia Militar de Marabá, responsáveis pela segurança pública em Nova Ipixuna, afirmaram que as ocorrências mais frequentes são brigas em bares ou entre familiares.
Os policiais, comandados pelo sargento Raimundo Nonato Brito, mantêm um bom relacionamento com a comunidade. “Assim que somos acionados, vamos apurar as denúncias”, disse o cabo Pereira.
Secom/Governo do Estado
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